domingo, agosto 21, 2005

Mulheres e álcool

As mulheres são muito mais vulneráveis a danos no cérebro por causa do álcool do que os homens, segundo cientistas da Universidade de Heidelberg, na Alemanha.
Os pesquisadores analisaram tomografias computadorizadas de cérebros de mais de 150 voluntários e concluíram que os danos provocados nas mulheres que bebem muito começam mais cedo e são mais profundos do que nos homens.
As mulheres que beberam muito perderam a mesma quantidade de volume de cérebro que os homens, mas em período muito mais curto.
O pesquisador que chefia a pesquisa, Karl Mann, disse que os homens geralmente bebem mais, porém as mulheres desenvolvem mais rapidamente a dependência do álcool e as conseqüências adversas do hábito.
'Mais vulneráveis'
Os cientistas suspeitavam há algum tempo que os homens poderiam ser mais resistentes ao álcool, e a pesquisa dos cientistas alemães, publicada no jornal Alcoholism, traz evidências dessa suspeita.
No estudo, cerca de metade dos voluntários eram alcoólatras que receberam ajuda para parar de beber durante a pesquisa.
Foram feitas tomografias de todos os voluntários no começo e no fim da pesquisa, que durou seis semanas.
As tomografias indicaram evidências óbvias de danos no cérebro daqueles que bebem pesadamente – eles têm cérebros menores, devido à atrofia.
Doenças ligadas ao alcoolismo, como problemas de coração, de fígado e depressão também ocorrem mais cedo em mulheres do que homens.
Apesar das constatações, os homens ainda são mais afetados pelo álcool do que as mulheres, porque tendem a beber mais.
"Tipicamente, as mulheres começam a beber mais tarde e consomem menos. Essa pode ser uma das razões pelas quais as mulheres são menos afetadas pelo álcool", disse Mann.
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Por essas e por outras( vexames including) que eu parei de beber...

sábado, agosto 13, 2005

"A gente vive no automático. Precisamos reeducar a mente e o corpo"

Mente quieta e atenta traz vida mais saudável
da Folha de S. Paulo

Nos anos 20, o médico espanhol Santiago Ramón y Cajal (1852-1934) já reclamava do excesso de informações, tendo de conviver com o cinema, o rádio, as bandas tocando nas ruas e a multiplicidade de jornais impressos.

Quem lembra a história, descrita no seu livro "A Vida Vista aos Oitenta Anos", é o neurocientista Ivan Izquierdo, do Centro da Memória da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Imagine se ele vivesse hoje em dia", brinca Izquierdo, um dos maiores pesquisadores sobre memória.

Em meio ao bombardeiro de informações que as pessoas recebem todos os dias, a tarefa de ordenar e de acalmar os pensamentos é cada vez mais difícil. Segundo o especialista, existe um "aparelho" no cérebro chamado de memória de trabalho que tem a função de "separar o joio do trigo". "Ele fica o tempo todo checando as informações que já temos arquivadas e as novas que chegam, para discernir o que devemos guardar", diz Izquierdo, que pratica meditação para acalmar os pensamentos. "O segredo é saber manter o foco da atenção somente no que nos interessa."

Piloto automático

"A gente vive no automático. Precisamos reeducar a mente e o corpo", afirma o antropólogo Arthur Shaker, coordenador do centro de meditação budista Casa de Dharma. Ele afirma que o propósito da meditação é "purificar" a mente.

"Nesse esforço, a prática está apoiada em dois ramos: um deles é a tranqüilização da mente, que leva à concentração e à serenidade, e o outro é o desenvolvimento da visão clara de tudo aquilo que está acontecendo com o corpo e com a mente a todo momento", explica.

Além de diminuir a torrente de pensamentos, a meditação também tem como objetivo tentar evitar os chamados pensamentos não-saudáveis.

"Só acalmar a mente não é o suficiente. É preciso mudar os padrões de comportamento mental, conhecer o processo. A idéia é levar o estado meditativo para o dia-a-dia", afirma.

Pensamento livre

"O livre pensador é como um ser extraterreno. Ele se difere do rebanho humano", afirma o psiquiatra Oton Bastos, professor da Universidade Federal de Pernambuco. Para ele, a discussão de opiniões opostas é fundamental para que o homem continue pensando.

"As pessoas evitam pensar, estão robotizadas", diz ele, que sugere a leitura de textos que apresentem sempre diversos pontos de vistas sobre um tema para que a pessoa busque sua própria síntese.

A leitura é ainda o melhor remédio para conservar a memória e pode ajudar na prevenção de doenças como o mal de Alzheimer. "Os portadores de Alzheimer que têm o hábito de ler demoram mais para manifestar os efeitos da doença. E, quando eles aparecem, têm menor gravidade", afirma o neurocientista Ivan Izquierdo.

GINÁSTICA PARA O CÉREBRO- Para manter a memória ativa, é preciso exercitá-la diariamente, como um músculo - Faça palavras cruzadas, jogue xadrez, faça contas de cabeça - Ao final de cada dia, relembre cada coisa que aconteceu com você na seqüência correta - Para memorizar discursos ou se dar bem em apresentações, crie mapas mentais com palavras-chave e imagens atraentes para os olhos

sexta-feira, agosto 12, 2005

sem querer querendo

Geralmente não dou palpite em política, porque ainda sou meio poucocrata(eu diria mandona mesmo!!). Fui criada pela ditadura em abertura, então sou daquelas confusas da geração X que num sabe , num soube e tem raiva de quem responder... mas que eu não tinha ilusões cegas e utópicas... bem... não tinha chegado nesse fundo de poço guinorante não.De qualquer forma aquela declaração dele , lida ponto a ponto por quem adora improvisar e queimar a cara, foi reveladora. Achei o texto da gazeta do povo aí muito bom. Sarcasmo na medida certa!!!
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Chávez, não. Chaves
Pode ser uma coincidência, daquelas propiciadas por agendas fechadas com meses de antecedência, a presença do presidente venezuelano Hugo Chávez em Brasília justo no momento em que o ciclone em que transformou a política brasileira desloca-se para a Granja do Torto. Mesmo assim é estranho, e um sinal que pode ser mal interpretado por observadores internos e externos. Afinal, o discurso de Lula aproximou-se do amigo Chávez na semana passada, quando o brasileiro disse que seus adversários vão ter de engolí-lo.
Dificilmente o presidente Lula poderia ter um convidado mais inoportuno em um momento como esse. Chávez tentou tomar o poder em um golpe e acabou eleito seis anos depois e lidera o país com pouco ou nenhum apoio de empresários e profissionais liberais - as elites a quem Lula tem se dedicado a atacar recentemente.Melhor seria buscar inspiração não em Chávez, o presidente, mas em Chaves, o personagem. E confessar seus erros sem discursos evasivos como o desta sexta-feira. Melhor admitir logo: "Foi sem querer querendo..."
Franco Iacomini - Gazeta do Povo( Paraná)

quarta-feira, agosto 10, 2005

passagem

Fernando Pessoa disse : Conta-se que, no século passado, um turista americano foi à cidadedo Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio. O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobília eram umacama, uma mesa e um banco.
-Onde estão seus móveis? - perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa, perguntou também:
- E onde estão os seus...?
-Os meus?! - surpreendeu-se o turista - Mas eu estou aqui só de passagem!
-Eu também... - concluiu o sábio.
" A VIDA NA TERRA É SOMENTE UMA PASSAGEM... NO ENTANTO, ALGUNS VIVEM COMO SE FOSSEM FICAR AQUI ETERNAMENTE, E ESQUECEM DE SER FELIZES."
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis,coisas inexplicáveis e PESSOAS INCOMPARÁVEIS."

segunda-feira, agosto 08, 2005

um pouco de budismo

Recebi o email de um bom amigo.A linha final é previsível e infantil, mas a lição recebida do mestre vale a pena... não há como não identificar-se. Aliás, não sei quem é o Roberto aí em questão. Se der tempo eu procuro quem é... porque agora tô indo pra cama que tá muitoooo frio por aqui!!!
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DESCOBERTA DA FELICIDADE
(Roberto Shiniashiky)

"Quando olho o estilo de vida das pessoas no mundo de hoje, percebo que o final do filme é triste. A maioria luta para realizar metas que as afastam
cada vez mais da sua realização pessoal. Conhecemos muito sobre culinária, telecomunicações, engenharia, mas quase nada sobre vida. Lutamos muito para conseguir o abacaxi, gastamos muita energia para descasca-lo e, na hora de saboreá-lo, estamos tão exaustos que não o aproveitamos.

Muitas pessoas se matam para ter uma casa de campo que só visita para pagar o caseiro. Outros querem garantir o futuro dos seus filhos, mas nunca brincaram com eles. As pessoas estão cada vez mais pressionadas, a palavra cooperação é substituída pela palavra competição.

É impressionante o aumento do número de famílias desagregadas do consumo de drogas e de pessoas destruindo seus corpos. Empresas onde 40% dos seus gerentes com mais de dez anos de casa são enfartados. As pessoas estão desperdiçando suas vidas correndo atrás de miragens.

Todo mundo sabe que a felicidade não pode ser sedimentada em bens materiais, mas a maioria se ilude construindo castelos de areia.

Por que isso acontece?

As pessoas aprenderam a valorizar quantidade ao invés de qualidade.
Colecionam mulheres, viagens, festas, sem conseguirem escutar a voz do seu coração. Procuram a felicidade onde ela não se encontra, buscam a segurança no outro. Tentam achar o amor, a tranqüilidade e a paz fora de si. Parece mais fácil mas é impossível, pois o único lugar onde alguém pode encontrar a felicidade é dentro de si próprio. As pessoas procuram a sua felicidade nos olhos dos outros. Bens materiais, carros importados, casas, roupas, enfim tudo o que pode levar à admiração da sociedade.

As pessoas hoje vivem se comparando quem tem mais dinheiro, status,
reconhecimento ou sucesso. A comparação tem como conseqüência o sentimento de inferioridade. Sempre tem alguém com mais dinheiro, prestígio ou poder, que consegue mais admiração. É inevitável acabar se sentindo por baixo, então vem uma avalanche de sentimentos ruins.

Para não se sentirem inferiores, as pessoas se sacrificam cada vez mais por algo que muitas vezes, lhes destrói a alma. Valorizam o que todo mundo
valoriza, sem saber se essas coisas as realizam. Vivem correndo como
cachorro atrás do rabo, sem nunca alcançar a sua meta e, nas vezes em que conseguem realiza-las, se machucam muito.

O que é a felicidade?

Quando era criança, me sentia muito limitado, existiam tantas coisas que
queria fazer e não podia. Quando me sentia frustrado, pensava que no dia em que entrasse na escola seria muito feliz. Tudo daria certo, passaria a ser mais respeitado e não teria mais problemas. Quando entrei no primário,
percebi que os problemas continuavam e eu não tinha me tornado feliz.
Comecei a achar que ao entrar no ginásio seria totalmente feliz e constatei
também que não era assim. Mais uma vez adiei, joguei para a frente a minha expectativa de felicidade total. Imaginei que, quando entrasse no colegial, então finalmente seria feliz.

No colegial, os problemas continuaram. Ah! Mas, quando eu entrasse na
faculdade de medicina, a felicidade seria inevitável! Triste frustração! Os
problemas continuavam e a angústia aumentou. Idealizei então que, quando me tornasse médico, seria totalmente feliz. Teria poder, as pessoas me
respeitariam e tudo daria sempre certo para mim.

Acabei percebendo que não era desse jeito que a vida funcionava. Não tinha um momento definitivo de felicidade. Imaginei que a felicidade não existia.

Descobri que as pessoas diziam que não existe a felicidade, só os momentos de felicidade, e nós temos que aproveita-Los para poder curtir da vida o melhor possível.

Então pense: é isso mesmo! Nos momentos em que vivia o amor com alguém, ou conseguia uma vitória no trabalho, eu me sentia bem. Felicidade devia ser algo por aí. Esses momentos me davam a sensação de ser uma pessoa feliz, mas depois de algum tempo percebia que faltava alguma coisa, não era possível que fosse só isso - tanta luta para tão pouco prazer.

Em l986 minha vida funcionava muito bem. Tinha conquistado tudo o que havia imaginado que me tornaria feliz, mas vivia frustrado. Ficava me perguntando se a vida era só isso. Uma coletânea de filmes, de momentos... Como sempre fui muito religioso, não podia acreditar que o Criador houvesse me mandado para essa viagem por tão pouco. Deveria haver algo mais, e assim decidi ir para o Oriente, conversar com os stres e saber o que eles pensavam a respeito da felicidade.

Fui para o Nepal, mais exatamente para Katmandu, a um mosteiro budista, para descobrir o segredo da felicidade. Chegar em Katmandu é uma epopéia. Um avião até Londres, outro de Londres para Nova Deli e mais um até Katmandu.
Sabia através de um amigo, da existência de um mestre naquele lugar.
Encontrei um hotel e fui procurar o mosteiro. A pessoa da portaria que me
atendeu disse que o mestre iria me receber na manhã seguinte as nove da
manhã.

Para ser feliz, descubra a força que há dentro de você.

Naquela noite praticamente não dormi, fiquei excitado com a possibilidade de ver revelado o segredo da felicidade. Sai de madrugada do hotel , na
esperança de o mestre estar disponível e poder conversar comigo mais cedo. Fiquei lá esperando até que ao redor das nove horas, uma mulher falando inglês com sotaque de francesa entrou na sala.

Exultei imaginando que ela me levaria até o mestre. Ela me acompanhou até
uma sala, estendeu uma almofada para eu me sentar e sentou-se a minha
frente. A francesa era uma jovem morena, muito bonita e eu lhe disse:

-Quero falar com o mestre!

Ela me respondeu:
-Eu sou o mestre.

Naquele momento, certamente não consegui esconder minha frustração e pensei:
puxa vida, viajei tanto tempo para chegar aqui e conversar com um mestre de verdade e me mandam uma mestra francesa. Sacanagem! Todo mundo tem um mestre homem, velhinho, oriental, de barba. Não uma mulher jovem, bonita, e ainda por cima francesa!

Eu falei para ela:
-Você não entendeu direito: quero falar com o mestre.

Ela me respondeu:
-Eu sou o mestre.

Aí pensei: vou fazer uma pergunta muito difícil para que ela não saiba a
resposta e tenha que me levar até o mestre de verdade.

Fiz uma pergunta, a mais difícil que pude pensar naquela hora:
-O que é budismo?

E ela me respondeu tranqüilamente:
-A base do budismo é que todo ser humano sofre.

Pensei comigo mesmo: não é possível, eu saio da nossa cultura ocidental que diz que o sofrimento é a base da purificação e da sabedoria, e venho para cá para escutar que a base do budismo é o sofrimento!

Não satisfeito pensei: vou fazer uma pergunta mais difícil para que ela não saiba a resposta e me leve até o verdadeiro mestre.

-E por que os seres humanos sofrem?

-Porque são ignorantes.

Bem se somos ignorantes, deve haver alguma coisa que não sabemos e que,
talvez, seja a resposta que estou procurando.

-E qual é o conhecimento que nos falta?

-O conhecimento que nos falta é a compreensão de que as coisas na nossa vida são dinâmicas e fluidas. Quando o ser humano está feliz, ele bloqueia a felicidade, pois quer a eternidade para aquele momento. Então ele fica
rígido, com medo do fim do prazer. Quando está infeliz, pensa que o
sofrimento não vai terminar nunca, mergulha na sombra e assim amplia a sua dor. A vida é tão dinâmica quanto as ondas do mar. É tão certa a subida quanto a descida. Cada momento tem sua beleza.
No prazer nos expandimos e na dor evoluímos. Um movimento é complementar ao outro. Saber apreciar a alegria e a dor na sua vida é a base da felicidade. Você não pode ser feliz somente quando tem prazer, pois perderá o maior aprendizado da existência.Você deve descobrir um jeito de ser feliz na experiência dolorosa, porque essa experiência carrega dentro dela oportunidade de muito aprendizado.
Não curta somente o sol, aproveite também a lua. Não curta somente a calmaria, aproveite a tempestade. Tudo isso enriquece a vida. Ela não pode ser vivida somente dentro de uma casa, a vida tem que ser experimentada dentro do universo. A felicidade é um jeito de viver, é uma postura de vida, é uma maneira de estar agradecido a tudo, não somente ao sol mas também à lua, não somente a quem lhe estende a mão, mas também a quem o abandona, pois certamente nesse abandono existe a possibilidade de descobrir a força que existe dentro de você.
A felicidade não é o que você tem, mas o que você faz com isso.
Por isso existem pessoas que têm muitos bens materiais, um grande amor, filhos lindos e, apesar disso, se sentem angustiados e depressivas.

Apaixonado por aquela mulher a minha frente somente consegui balbuciar antes de sair:
-Obrigado mestra! (Por pouco meu preconceito a respeito do sexo e do mestre me afasta dessa lição de vida).

A felicidade não é o que acontece em sua vida, mas como você elabora esse episódio. A diferença entre a sabedoria e o desespero, o sábio e o
desesperado, é que o sábio sabe aproveitar as suas dificuldades para evoluir e o desesperado sente-se vítima dos seus problemas.

A felicidade é uma experiência que está diretamente ligada à sabedoria e,
certamente, para criarmos um planeta mais feliz, precisamos muito mais de
sábio do que de gênios.

As pessoas procuram sucessos em bens materiais, mas na verdade o único
sucesso que vale a pena é ser feliz
!"

quarta-feira, agosto 03, 2005

drugs ainda

Morfina faz 200 anos
24/05/2005 Agência FAPESP - Uma das mais conhecidas drogas completa este mês 200 anos. Desde que foi descoberta em 1805, pelo alemão Freidrich Sertuner, a morfina e seus derivados se tornaram a alternativa mais usada para dores crônicas, em pacientes terminais e após cirurgias. Mais de 230 toneladas da substância são consumidas anualmente em todo o mundo.
Embora muitas outras drogas para o combate à dor tenham sido sintetizadas nos dois últimos séculos, a morfina se mantém como “o padrão pelo qual todos os novos medicamentos para o alívio de dores são comparados”, afirma Jonathan Moss, do Centro Médico da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, em comunicado da instituição.
Moss realizou no dia 21, quando se comemorou o bicentenário da morfina em Einbeck, na Alemanha, uma palestra sobre a importância da substância e a comparação com uma nova droga, a metilnaltrexona (MNTX), desenvolvida na própria universidade norte-americana, que tem se mostrado eficiente no combate à dor e sem apresentar os efeitos colaterais da primeira, como náusea, coceira ou constipação severa.
Foi para tentar ajudar um amigo que sofria com tais efeitos colaterais desagradáveis que Leon Goldberg, também professor da Universidade de Chicago, desenvolveu há alguns anos uma alternativa à popular droga. De acordo com o estudo, a MNTX não interfere com o efeito induzido pela morfina no cérebro, mas consegue bloquear as implicações na mobilidade intestinal, a qual é mediada por receptores no trato gastrointestinal. A nova droga continua em testes e ainda não há previsão para ser lançada comercialmente. Eficiência e dependência
A morfina foi descoberta por Freidrich Wilhelm Adam Serturner (1783-1841), um assistente de farmácia autodidata com poucos equipamentos mas muita curiosidade. Interessado pelas propriedades do ópio, largamente utilizado pelos médicos da época, Serturner realizou uma série de experimentos e conseguiu, com apenas 21 anos, isolar um alcalóide a partir da resina da papoula (Papaver somniferum).
O farmacêutico verificou posteriormente que o ópio sem o alcalóide não apresentava efeitos em animais, mas que o alcalóide sozinho era dez vezes mais poderoso que o ópio processado. Pela tendência em provocar sonolência, deu à substância o nome de morfina, em homenagem a Morfeu, o deus grego dos sonhos.
Após ter publicado os resultados em 1806, Serturner continou a pesquisar a substância, em animais e em si mesmo, para aprender os efeitos e riscos de seu uso. Embora o trabalho tenha sido ignorado a princípio, o cientista tinha consciência da sua importância. “Estou satisfeito em saber que minhas observações serviram para explicar consideravelmente a constituição do ópio e também que elas enriqueceram a química”, escreveu em 1816.
Pouco tempo depois, viu sua opinião se concretizar. A cristalização da morfina era também a primeira vez em que se isolava um alcalóide de uma planta. Deu origem a uma nova vertente na química, influenciou pesquisadores e impulsionou a emergência da moderna indústria farmacêutica.
Diversos outros cientistas sintetizaram alcalóides nos anos que se seguiram, como a estricnina, a cafeína e a nicotina. Em meados da década de 1820, a morfina já era largamente conhecida na Europa.
Na década de 1850, a morfina se tornou o tratamento padrão para a redução da dor durante e após cirurgias. Anos depois, o caráter altamente dependente da droga passou a ser mais bem conhecido, o que levou ao estudo de alternativas. Enquanto buscava uma opção que provocasse menor dependência, o químico inglês Alder Wright descobriu a diacetilmorfina, um narcótico ainda mais potente.
Alemão Heinrich Dreser, dos Laboratórios Bayer, desenvolveu e testou a descoberta de Wright, verificando sua eficiência como um potente analgésico e no tratamento de problemas respiratórios. A empresa iniciou a comercialização da nova droga, batizada de heroína pela “heróica” capacidade de aliviar a dor, em 1898. A heroína foi inicialmente bem recebida, mas logo se verificou que causava elevada dependência. Em 1913, a Bayer retirou o medicamento do mercado, quando passou a investir em outra alternativa, a aspirina.
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E com a aspirina eles acertaram, porque é a melhor intervenção num infarto até hoje..a mais rápida e mais simples. E vende que nem água.